Como forma de conscientização e formação para educadores e familiares, a Escola Salesiana Brasília promoveu, em parceria com a Educa, a palestra 'Educação Socioemocional para um mundo imprevisível', na noite desta quarta, 12 de abril, no auditório da escola.

A palestra foi conduzida pelo professor e psicólogo Rossandro Klinjey - Fundador e Embaixador da Educa, e pelo escritor Jaime Ribeiro - CEO e Cofundador da Educa.

Os educadores e familiares dos estudantes foram convidados para essa reflexão sobre educação socioemocional, um tema para contribuir para a construção de um mundo mais humanizado, no desenvolvimento das competências socioemocionais.

Jaime Ribeiro falou da importância do diálogo com os filhos. "O papel da família é muito importante para fazer a checagem dos próprios filhos, provocando conversas positivas. Cada conversa é diferente e adaptada para cada mente e percepção, mas precisamos entender o papel muito maior, e a dinâmica das redes sociais, para ajudar a sociedade a ficar mais segura", afirma o cofundador da Educa.

Com relação à parceria entre família e escola, Jaime comentou que não está fácil educar, mas "contamos com apoio, boa escola, bons materiais, jornadas e boas famílias que se abraçam, sorriem e estão perto. Podemos contar uns com os outros para atravessar a imprevisibilidade do mundo que nos desafia o tempo todo", concluiu.

Na sequência, Rossandro Klinjey trouxe a reflexão sobre a afetividade e presença das famílias na vida dos filhos.

"Às vezes as famílias estão com preocupação tão grande que o filho dê certo, com notas e comportamento, que se esquecem de amar, de brincar, fazer cócegas, pular e estarem juntos. Somos seres plurais. Às vezes os filhos só sentem cobranças do que deve ser entregue. Mas os pais não fazem isso por serem perversos, mas pelo desejo que os filhos deem certo", explica o fundador da Educa.

O diálogo é uma linguagem verbal e não verbal, segundo Rossandro. Por isso, os pais devem esta atentos aos sinais dados pelos filhos. A convivência gera intimidade que leva a entender os sinais não verbais.

"É ruim quando a pessoa não escuta a dor que a gente sente, e é importante o contato familiar. Os pais não são perfeitos, e existe essa cobrança que gera muita culpa. Somos os pais possíveis e, se podemos ser melhores, vamos ser", explica.

Rossandro também afirmou que é necessário aprender a lidar com frustrações e as emoções. Segundo ele, diversos estudos mostram que quando a família senta, dialoga e valida e olha no olho, vai ser um ser humano muito capaz depois.

"Mesmo que tenha tendências neuroquímicas, genéticas e hereditárias que possam desenvolver coisas ruins, a família minimiza o impacto pela forma amorosa e presente na vida dos filhos", afirma o fundador da Educa.

Sobre o momento de violência atual nas escolas, Rossandro argumenta que é algo insano e distópico no século atual. "Se eu não posso mudar o mundo, posso mudar os meus. Se cada um está comprometido em mudar os seus, nós mudamos o mundo. Se podemos mudar a sala de aula e o lar, junto com a escola, podemos mudar o mundo. Esse é nosso compromisso", conclui.

Ao final do debate, a diretora geral da Escola Salesiana Brasília, Neusa Bueno Rosa, enfatizou que um filho não é igual a outro, apesar de os direcionamentos serem os mesmos, mas é necessário olhar para a individualidade de cada um.

"O debate contribui para construirmos laços com sabedoria, tranquilidade e comprometimento em meio a desafios. Se cada um de nós contribuir em suas redes sociais, vamos ter palavra de aconchego, calma e direcionamento sadio para buscar condições mais assertivas. Certamente teremos um espaço mais saudável, e as famílias estarão seguras, com tranquilidade e a certeza de que aqui os seus filhos estão sendo bem cuidados. É uma parceria construída", finaliza a diretora.

‍